domingo, 3 de agosto de 2008

Entre Extremos

Domingo, fim de férias, toda aquela morguice de um domingo familiar misturada com um cansaço arrependido de não ter aproveitado as férias como planejava.

Pelo menos há algo interessante a se comentar sobre o fim de semana:

Inesperadamente, no final de uma sexta feira andarilha me vejo numa sala de torturas ornamentada com baldes de baratas e caixões de tesouros, com direito a assistir uma mulher comendo literalmente sua própria bunda. Pois é, assisti o novo filme do Zé do Caixão, aquele cara que não sabe desincorporar o personagem de seu corpo ao andar com aquelas unhas bizarras pela rua.
Um filme recheado de péssimos atores, inclusive o próprio José Mojica Marins(Zé, esse é seu nome, tá?).

Depois das borboletas estomacais se acalmarem, eu tinha realmente a esperança de ver alguma produção produtiva, mas o segundo filme da maratona, um besteirol satirizando os contos de fadas da Disney, jogou toda essa esperança pelo sanitário abaixo. O último filme poderia me interessar se eu não estivesse dormindo no chão do cinema.

Salvação da madrugada? A companhia adorável do Cris.

E na noite de sábado, o nada mais do que esperado show do Teatro Mágico. Sempre gostei do nome, mas só ontem fui sentir a verdadeira magia desse grupo que mistura apresentações circenses com lindas músicas de letras poéticas. Um samba-rock teatral que levou aquela Lona Cultural para um plano paralelo. Uma apresentação linda, digna de minutos aplaudidos e gritos enrouquecidos. Monstros e palhaços guiaram a viagem, poetizando a vida, suas condições e o nada mais que poético: amor.

Tudo isso em um dia só. E então refletindo na companhia de meus queridos botões conclui que a arte tão diversa me rodeou nesse sábado, onde de entrada eu vi as cenas mais nojentas da minha vida e depois as mais mágicas para trancar esse fim de semana com uma chave dourada cravejada de brilhantes que nunca vou esquecer, pois está já guardado na memória e nesse eterno blog inconclusivo.

3 comentários:

  1. Bom! Estar em uma sessão de filmes já é muito agradável, mas se tratando de uma sessão com um filme do Mojica em cartaz pode ser um pouco 'interessante' , pois afinal somente o nome tem algo à dizer: 'Segundo o próprio José Mojica Marins, o nome Zé do Caixão veio de uma lenda de um ser que viveu a milhões de anos no planeta terra que se transformou em luz e depois de anos esta luz voltou a terra.' , Mas enfim, terminar um dia com um show de uma banda de MPB mágica, que rouba a cena pra eles mesmos , sendo que eles são A CENA, é realmente inesquecível. Participar da vida de uma pessoa também deve ser bom. Como já diz a banda: 'Só enquanto eu respirar/Vou me lembrar de você, '

    Ok, por hoje é só. Outrora estaremos aqui de volta. Eu aqui na minha velha e querida máquina de escrever ...

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  2. Eu só fui pra maratona pelo CRIS mesmo. kopakopkoskopaskopkopskopaskops
    já esperava que os filmes não seriam tão bons

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  3. "It's oh so quiet
    It's oh so still
    You're all alone
    And so peaceful until..."

    Às pechas:

    "que não sabe consegue desincorporar" - Confuso. Ou tira o sabe ou tira o consegue. ;)

    Sê, homem, tu. Acaso cousinhas tais quais baratinhas e caixõesinhos provocam asco no espírito teu e dos outros ? Provocam uma rejeição natural ao que é disforme e repugnante ? Sede homens!, garotos.

    Agora falando sério, um filminho do Zé do Caixão deve dar no mínimo uma sensação de queimar dinheiro. ou algo pior como pagar um michê pelo puro e simples prazer coprofágico. (eca!!!!)

    Mas ai ficam as dúvidas ?
    Quem é Cris ?
    Quem é o perna-de-pau ?
    O que guarda a chave dourada cravejada de brilhantes ?
    O que é inconclusivo ?
    O que estou fazendo aqui ?
    Quem é você ?
    Quem sou eu ?
    É mesmo a resposta para a vida, o universo e tudo aproximadamente 42 ?

    Beijos :P

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